sábado, 8 de janeiro de 2011

CAMINHANDO E CANTANDO
E SEGUINDO A CANÇÃO...


“Se tivesse um pouco de humildade seria um homem extraordinário!”.

Leandro Mensa
Um brasileiro, em depoimento na internet



Outro dia, vendo, casualmente, a charge acima – os chargistas andam para lá de inspirados –, não pude evitar algumas gargalhadas. A referida charge é, convenhamos, simplesmente, hilária – para não dizer deprimente. O ideal mesmo, contudo, seria o de esquecer a passagem nociva de Lula pela presidência do Brasil. Infelizmente, por mais que seja essa a intenção do eleitor lúcido – daí o seu ceticismo, nas palavras da jornalista brasileira Ruth de Aquino –, se torna até uma missão impossível deletar, de uma vez por todas, o ex-presidente do nosso imaginário. Afinal, apesar de oficialmente ter transmitido a faixa presidencial para Dilma Rousseff, ele continua tendo acesso a privilégios, com direito, inclusive, a honras exclusivas de chefes de Estado.

No caso, aceitando um convite do novo governo, passando férias no Forte dos Andradas, localizado no Guarujá, litoral de São Paulo, com segurança assegurada – parece piada a mera redundância – vinte e quatro horas pelo Exército brasileiro. E haja abuso de poder nisso, já que o lugar é de acesso restrito aos militares e aos membros de uma dada associação de amigos, mas que foi reservada para o ex-presidente até, pelo que se tem conhecimento, o próximo dia 18 – haja mordomia! Enquanto isso, o povo brasileiro vê-se obrigado a conviver com o ridículo reajuste do salário mínimo – com direito, se brincar, a crises de esofagite. Sim, porque fica difícil engolir tamanha injustiça, cometida – diga-se de passagem – pelo ex-governo e respaldada pelo atual.

Nesse ínterim, sem medo, literalmente, de ser feliz, Lula corre na praia, nada, joga baralho, assiste TV e desfruta de outras formas de lazer, sem sequer vislumbrar – imagino – o que sejam crises de insônia nem, muito menos, pesadelos, mas, apenas, sonhos – ou delírios megalomaníacos. Exemplo disso foi quando, em resposta a uma criança que, no evento que lhe foi oferecido ao retornar a São Bernardo do Campo, em São Paulo, após a transmissão da faixa presidencial, lhe sugeriu que adiasse as férias, ele disse que estava quase pedindo à companheira Dilma para fazer um decreto prorrogando por mais uns três meses o seu governo, confessando que, após deixar Brasília, anda aos prantos. Não seja por isso! Por mim, ele pode chorar à vontade! 

Afinal, ninguém merece nem mesmo que seja ventilada a possibilidade de esse homem, após as suas férias recheadas de mordomias, fazer, de alguma forma, parte do atual governo. Quanta pretensão! Isso sem falar que, ainda durante a festa organizada para saudá-lo em seu retorno a São Bernardo do Campo, embalada, aliás, pelo que chamam Tema da Vitória, Lula ainda teve o disparate de alertar o povo brasileiro quanto aos seus adversários. Quais, mesmo? Com certeza não é o senador José Sarney (PMDB-AP), que, fiel companheiro, o levou pessoalmente de volta para casa. Isso, sim, se chama amizade de fé. Enfim! À oportunidade, entre outras homenagens, Lula recebeu a chave da cidade – sorte a nossa não ter sido a chave do céu...


Nathalie Bernardo da Câmara


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