sexta-feira, 4 de março de 2011

MÁSCARAS:
PARA QUE TE QUERO?


 “O carnaval é uma coisa estranhíssima...”.

Édouard Manet (1832 - 1883)
Pintor francês



Segundo o jornal O Estado de São Paulo, há 581 dias sob censura, o Ministério da Saúde distribuirá, nacionalmente, oitenta e quatro milhões de preservativos durante o carnaval deste ano, vinte e seis milhões a mais do que no de 2010, fabricadas no Acre e mais resistentes. O alvo da campanha do ministério para o carnaval de 2011, por sua vez, Sem camisinha não dá, serão as jovens mulheres de 15 a 24 anos de idade, das classes C, D e E, cujos casos de contaminação pelo vírus HIV aumentaram consideravelmente nos últimos anos – são oito casos em meninos para cada dez meninas nessa faixa etária –, além de uma evidente reverência ao Dia Internacional da Mulher, no dia 8. O objetivo da campanha, portanto, é o de conscientizar as jovens mulheres para que elas incentivem os parceiros a usarem camisinha nas relações sexuais, já que, de acordo com os últimos boletins epidemiológicos emitidos pelo Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a epidemia da AIDS feminizou-se, bem como demais doenças sexualmente transmissíveis.

Dividida em duas fases, a primeira da campanha, segundo o referido Departamento, que já se encontra sendo veiculada na televisão e na internet desde o dia 25 de fevereiro, se prolongando até o próximo dia 8, tem como desafio “estimular a negociação do uso do preservativo diante da falsa percepção de segurança em relação ao parceiro (pela aparência ou pelo pertencimento ao mesmo grupo de amigos) ou da negação do preservativo como prova de amor”, enquanto na segunda fase da campanha, que deverá ser veiculada a partir do dia 9 até o dia 20, “a idéia é desmistificar a testagem, demonstrando como é fácil, seguro e sigiloso saber seu estado sorológico na rede pública” de saúde. À ocasião do lançamento da campanha, “que sugere mudanças de hábito na forma como a população em geral lida com questões como confiança e entrega”, na quadra da escola de samba Salgueiro, no Rio de Janeiro, no dia 25 de fevereiro, o ministro da Saúde, o médico Alexandre Padilha, afirmou que, mesmo depois do carnaval, o governo irá reforçar as campanhas de combate à proliferação do vírus HIV.

Em sua cruzada contra a disseminação do vírus HIV e demais doenças sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde faz outro alerta: o da saúde bucal. Beijar é bom? É! Ninguém pode negar. Ocorre que, aparentemente inofensiva, além de repleta de bactérias, a saliva é um veículo potencialmente transmissor de vários tipos de vírus, tais como o herpes, a sífilis e a mononucleose, sobretudo devido a fissuras, visíveis ou não, na boca. A mononucleose, por exemplo, costuma ser confundida com gripe, visto provocar dor de garganta e no corpo, além de gerar febre, mal-estar e inchaço nos gânglios. Não é grave, mas pode aumentar o tamanho do baço e do fígado, bem como inflamação no coração. Dependendo do caso, evolui para hepatite moderada e conjuntivite: “Não existe medicamento que tenha alguma ação comprovada contra o vírus. O que se pode fazer é tomar analgésico e repousar”, disse Edmilson Migowski, infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Enfim! Segundo orientações do Ministério da Saúde, só é preciso ter cuidado.


Nathalie Bernardo da Câmara


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