quinta-feira, 24 de março de 2011

O ADEUS DA DIVA


“É o fim de uma era...”.

Barbra Streisand
Cantora e atriz norte-americana


Deu no G1: “Morreu nesta quarta-feira (23), em Los Angeles, aos 79 anos, a atriz Elizabeth Taylor. A informação foi confirmada por sua agente. Ela estava internada havia seis semanas no hospital Cedars-Sinai, com quadro de insuficiência cardíaca congestiva, que ela enfrentava desde 2004. A doença impede o coração de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades dos outros órgãos. Em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Ela usava cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com uma dor crônica.

Liz, como era conhecida, teve uma vida marcada por polêmicas. Foi considerada uma das mulheres mais belas de seu tempo, com os famosos olhos cor de violeta. Seu ex-marido Richard Burton disse que eles eram ‘tão sexies que equivaliam a pornografia’. Tão vibrante quanto o olhar era a sua coleção de joias, que só fez aumentar ao longo de oito casamentos. Só de Burton ganhou duas de suas mais cobiçadas peças, o Diamante Krupp e a pérola La Peregrina, além de um diamante em formato de coração descoberto no século 16, que pertenceu a uma das esposas do imperador indiano Shah-Jahan. Ela Justificava seu apreço dizendo que ‘grandes garotas precisam de grandes diamantes’.

Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Londres, Elizabeth Rosemond Taylor teve seu primeiro papel no cinema no longa There's one born every minute, de 1942. Tornou-se estrela de Hollywood após interpretar Velvet Brown em A Mocidade é assim mesmo (1944), aos 12 anos. Também atuou em Gata em teto de zinco quente (1958), ao lado de Paul Newman, e em Assim caminha a humanidade (1956), último trabalho do ator James Dean. Ao protagonizar o arrasa-quarteirão Cleópatra, de 1963, tornou-se a primeira atriz a receber um cachê de US$ 1 milhão. Foi durante as gravações do longa, considerado um dos mais caros de todos os tempos, que ela se envolveu com Richard Burton, um dos seus oitos casamentos (com Burton foram dois).

Ela também venceu dois Oscars por seu trabalho em Quem tem medo de Virgina Woolf (1966) e Disque butterfield 8 (1960). O último filme em que trabalhou foi These old broads, de 2001, uma produção para a TV dirigida por Matthew Diamond. Em 1992, emprestou a voz na série animada Os Simpsons: ela dubla Maggie no episódio em que a personagem pronuncia sua primeira palavra. O funeral da atriz está previsto para esta semana, no cemitério Westwood Village Memorial Park, em Los Angeles, onde também estão sepultados Marilyn Monroe, Natalie Wood e Truman Capote”.

Após a morte do grande amigo Rock Hudson (1925 - 1985), ator norte-americano, vítima da Aids, Elizabeth Taylor tornou-se uma das primeiras personalidades do mundo artístico a militar no combate contra a doença. Uma das principais associações americanas de pesquisa do vírus HIV, a amfAR destacou que a atriz “deixa uma herança monumental que permitiu prolongar e melhorar a vida de milhões de pessoas e que enriquecerá outras nas próximas gerações”. Isso é fato.



Um filme...


“Sempre admiti ser comandada por minhas paixões...”.

Elizabeth Taylor



Um filme protagonizado por Elizabeth Taylor que assisti quando ainda era criança e muito me marcou foi o drama Adeus as ilusões, dirigido pelo cineasta norte-americano Vicente Minelli (1903 - 1986). Uma produção norte-americana, o filme, cujo título original é The Sandpiper, foi lançado em 1965, sendo o roteiro, de autoria dos norte-americanos Dalton Trumbo (1905 - 1976) e Michael Wilson (1914 - 1978), baseado em história do norte-americano Martin Ransohoff. Em 1966, o filme ganhou o Oscar de melhor canção original, The Shadow of your smile, e o Grammy de melhor trilha sonora composta para um filme, que, no caso, conta a história de uma artista (Taylor) com idéias nada convencionais, morando sozinha com o filho pequeno (Morgan Mason) em uma cidadezinha da Califórnia. Por ela, o filho seria educado em casa, com os seus livros e as suas idéias - a sua proposta educacional -, mas, para sua frustração, as autoridades locais interferem em tamanha liberalidade e a obrigam a colocar o filho em uma escola para que, em regime interno, ele receba um ensino dito formal. Um dia, ao visitá-lo, a artista se apaixona pelo diretor da escola (Richard Burton), um sacerdote episcopal casado, e os dois passam a viver um relacionamento amoroso. Um filme polêmico. Um clássico.


Nathalie Bernardo da Câmara

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aceita-se comentários...