domingo, 10 de julho de 2011

MARINA, MORENA MARINA,
VOCÊ SE PINTOU...



“Vamos reencontrar-nos com o nosso potencial para mudar o que precisa ser mudado e preservar o que precisa ser preservado...”.

Marina Silva
Ambientalista brasileira, quando, na última quinta-feira, 07, declarou, oficialmente, a sua saída do Partido Verde – PV.



De há muito a notícia acima já havia sido ventilada por Marina Silva, embora tenha sido apenas na semana passada que a ambientalista oficializou a sua decisão em deixar o Partido Verde - PV, ao qual era filiada desde 2009, ano que igualmente renunciou ao Ministério do Meio Ambiente, tendo em vista a sua candidatura à presidente do Brasil em 2010 – à ocasião, inclusive, quando abertas as urnas, o resultado que ela teve surpreendeu, visto que conquistou pouco mais de 19 milhões e 600 mil votos, cerca de 20% do eleitorado brasileiro.

Em seu discurso de despedida do PV, Marina Silva divulgou alguns dos compromissos que, a partir daquele momento, ela passava a assumir com o povo brasileiro: — Vamos reencontrar-nos com o nosso potencial para mudar o que precisa ser mudado e preservar o que precisa ser preservado, declarou, acrescentando que, na condição de defensora do desenvolvimento sustentável, embora, ainda, sem um novo partido, pretende “sensibilizar as brasileiras e os brasileiros que se dispõem a sair do papel de meros espectadores a que são condenados pelo [atual] sistema político”.

Eu, particularmente, pertenço ao percentual do eleitorado brasileiro que votou em Marina Silva. Porém, ressalto que, entre alguns pontos específicos da sua plataforma política, a maior motivação do meu voto resume-se as suas idéias acerca do movimento em defesa do meio ambiente, cuja preservação, devido o aquecimento global e demais problemas ambientais, se tornou tão necessária nos últimos tempos, levando em consideração, no caso, o fato de a Terra andar a passos trôpegos, heroicamente, aliás, sobrevivendo a todo tipo de ameaça humana.

Uma coisa, contudo, que me constrange é o fato de Marina Silva ser radicalmente contra temas que eu sou a favor, tais como, por exemplo: o aborto, a eutanásia, o casamento gay – recentemente aprovado pela legislação brasileira –, a descriminalização da maconha etc, considerados tabus para ela – temas, inclusive, que, atualmente, têm sido apoiados por manifestações populares a pulular por todo o país. De qualquer modo, acredito que o seu preconceito só se acentua porque é baseado na moral da sua religião evangélica – coisa que não sou.

Não obstante, como toda e qualquer tipo de crença – ou o direito de não ter nenhuma – é uma questão de foro íntimo, nem vou entrar nesse mérito. Tenho as minhas ressalvas, é claro, e, de certa forma, em relação a não importa qual religião, mas, convenhamos, não tenho nada a ver com a religiosidade de outrem. Ou a ausência de. Enfim! No que diz respeito aos temas mencionados, tidos, queiramos ou não, como polêmicos e motivos de marchas populares brasileiras que andam a pipocar por toda parte no Brasil... Ora! Nada que um plebiscito não resolva.


Nathalie Bernardo da Câmara



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